Sevilhana
Tem o rosto das moças andaluzas.
É morena na pele, nos cabelos,
E sabe desenhar virando os olhos
Um véu que esconde trinta mil mistérios.
Um quê da Arábia e um outro quê de Espanha,
Como se um dia, o Islã e o Cristianismo
Criassem juntos uma fé diversa
Cujo templo eu devesse construir.
Se houvesse castanholas nessas mãos,
A percussão flamenga dos destinos
Marcaria o compasso do meu rumo.
Mas não há nada além de um só fascínio
Que Sevilha inspirou a tantas almas
E, por acaso, eu encontrei no Rio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário