Soneto do Amor que espera a volta
Sabes que existem coisas que sentimos
Num momento, o qual vê-se claramente
Que é único, difícil, diferente,
E a eternidade dele perseguimos?
É algo que choramos, ou que rimos,
E que se vive a dois, intensamente,
Que não se encontra assim, em toda gente,
E nossas vidas nele refletimos.
Isto passei contigo, e hoje lamento
Não ter eternizado esse momento
Do modo como sei que merecias.
Pra me entreter, preparo-te alegrias
E te aguardo, ninando um sentimento
Que não se perde na erosão dos dias.
Márvio dos Anjos? Editor e colunista das sextas do jornal Destak, colunista Infiltrado do blog Maria Filó (www.mariafilo.com.br/blog), vocalista do CABARET (www.myspace.com/radiocabaret), poeta.
21.4.02
15.4.02
Condenação
Se não quiseres ver-me, faze-o bem;
Rasga as cartas, esquece das memórias,
Apaga todas as dedicatórias,
E queima tudo que for meu também.
Se falarem de mim, pergunte: “Quem?” -
Mas não procure ouvir outras histórias.
Mesmo que eu morra, ou cubra-me de glórias,
Não digas o meu nome a mais ninguém.
Nem olhes para trás, que me envergonha
Reconhecer que nada há que ponha
Teus olhos a favor do homem ruim.
Faze o que convier ao teu bom gosto:
Que o tempo passará, verás meu rosto,
Mas nem querendo vais lembrar de mim.
Se não quiseres ver-me, faze-o bem;
Rasga as cartas, esquece das memórias,
Apaga todas as dedicatórias,
E queima tudo que for meu também.
Se falarem de mim, pergunte: “Quem?” -
Mas não procure ouvir outras histórias.
Mesmo que eu morra, ou cubra-me de glórias,
Não digas o meu nome a mais ninguém.
Nem olhes para trás, que me envergonha
Reconhecer que nada há que ponha
Teus olhos a favor do homem ruim.
Faze o que convier ao teu bom gosto:
Que o tempo passará, verás meu rosto,
Mas nem querendo vais lembrar de mim.
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