Para Solanje, que me explicou este poema, cinco anos depois
Corações se partem no caosDa calma tensa de uma espera.
Nunca mais precisaremos tanto
Um do outro quanto agora.
Que ao distrair não te afeiçoes,
A fim de desgastar segundos
Nem te agrades dos minutos
Já passados desse aguardo.
Que se perca o teu relógio
E não assistas mais ao tempo
No seu passo rumo ao sempre,
Pois devagar e vagabundo,
Cada adeus se faz perene,
E enquanto esperas, tarda o mundo.
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