Monólogo de um demônio
Protege-te de mim nas tuas preces,
Pois eu sou o demônio que te assiste,
Discretamente à sombra, e quem persiste
Em ser pior, bem mais do que mereces.
Nunca me viste. Não, não me conheces;
Minha virtude principal consiste
Em SER demônio. Um mal que não existe,
A crendice ancestral que desmereces.
E até quando não é do meu intento,
Ingenuamente segues tua sina
E às vezes minha porta vens bater.
É por isso que agora me apresento:
Já procuras sozinho uma ruína,
Nada mais há que eu tenha por fazer.
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