Condenação
Se não quiseres ver-me, faze-o bem;
Rasga as cartas, esquece das memórias,
Apaga todas as dedicatórias,
E queima tudo que for meu também.
Se falarem de mim, pergunte: “Quem?” -
Mas não procure ouvir outras histórias.
Mesmo que eu morra, ou cubra-me de glórias,
Não digas o meu nome a mais ninguém.
Nem olhes para trás, que me envergonha
Reconhecer que nada há que ponha
Teus olhos a favor do homem ruim.
Faze o que convier ao teu bom gosto:
Que o tempo passará, verás meu rosto,
Mas nem querendo vais lembrar de mim.
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